Hollywood a serviço do Pentágono
Luz, câmera... ação! Há quase um século os produtores americanos despejam nas salas de cinema uma quantidade impressionante de filmes de guerra que fascinam espectadores em todo o mundo. Mas será que esses aficionados sabem que muitas dessas obras jamais veriam a luz do dia sem o apoio do Departamento de Defesa dos Estados Unidos? Que este, ao conceder ajuda às produções, cuida de sua imagem junto ao público, favorece sua política de recrutamento, exerce censura e apresenta a guerra como uma solução necessária?
Produzir um filme custa caro. Preocupados em economizar, alguns cineastas pedem todo tipo de ajuda ao Pentágono: imagens de arquivo, assessoria técnica, acesso a equipamentos de última geração, autorização para filmar em instalações militares etc. Para isso, os criadores submetem seus roteiros a um dos muitos escritórios do Pentágono responsáveis por fazer a ponte entre os militares e Hollywood. Após várias leituras atentas do roteiro, os oficiais das Forças Armadas decidem dar ou não o sinal verde para a produção. Os termos da colaboração são então inscritos em um contrato restritivo: “A produção deverá ajudar os programas de recrutamento das forças armadas. (...) A companhia produtora consultará o Departamento de Defesa para todas as cenas militares durante a preparação, filmagem e montagem”. Segundo Philip Strub, assessor especial de mídia e entretenimento do Departamento de Defesa, “é nosso interesse participar da produção de filmes”.
As premissas dessa troca de gentilezas datam praticamente do nascimento do cinema, quando o clássico O nascimento de uma nação, de D. W. Griffith (1915), contou com assessoria técnica do exército americano. O primeiro escritório específico para o contato com Hollywood foi aberto pelo Pentágono nos anos 20. A primeira colaboração em grande escala data de 1927, quando as filmagens de Wings (Asas), de William Wellman, contaram com a participação de um conselheiro técnico militar da divisão aérea do exército de terra.
Produzir um filme custa caro. Preocupados em economizar, alguns cineastas pedem todo tipo de ajuda ao Pentágono: imagens de arquivo, assessoria técnica, acesso a equipamentos de última geração, autorização para filmar em instalações militares etc. Para isso, os criadores submetem seus roteiros a um dos muitos escritórios do Pentágono responsáveis por fazer a ponte entre os militares e Hollywood. Após várias leituras atentas do roteiro, os oficiais das Forças Armadas decidem dar ou não o sinal verde para a produção. Os termos da colaboração são então inscritos em um contrato restritivo: “A produção deverá ajudar os programas de recrutamento das forças armadas. (...) A companhia produtora consultará o Departamento de Defesa para todas as cenas militares durante a preparação, filmagem e montagem”. Segundo Philip Strub, assessor especial de mídia e entretenimento do Departamento de Defesa, “é nosso interesse participar da produção de filmes”.
As premissas dessa troca de gentilezas datam praticamente do nascimento do cinema, quando o clássico O nascimento de uma nação, de D. W. Griffith (1915), contou com assessoria técnica do exército americano. O primeiro escritório específico para o contato com Hollywood foi aberto pelo Pentágono nos anos 20. A primeira colaboração em grande escala data de 1927, quando as filmagens de Wings (Asas), de William Wellman, contaram com a participação de um conselheiro técnico militar da divisão aérea do exército de terra.
por Victor Battaggion
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